A experiência deste mês de fevereiro de 2022 ficará para sempre gravada em nossos corações
Por Emma Awuor Ganda
A experiência deste mês de fevereiro de 2022 ficará para sempre gravada em nossos corações como um mês de grande intensidade de experiência fraterna e de comunhão continental. É o mês dedicado ao nosso Pai Fundador, o Bem-aventurado José Allamano, pois lembramos o dia de seu nascimento no céu. (16/02/1926)
É neste mês que nos reunimos como membros de uma única Família Consolata para compartilhar a experiência da Animação Missionária Juvenil e Vocacional (AMJV) em nosso continente Americano. Os participantes vieram dos países onde estão os missionários e missionárias da Consolata, Venezuela, México, Colômbia, Argentina e Brasil. Alguns países como Estados Unidos, Bolívia e Canadá não estiveram representados. No total éramos cerca de 30 participantes entre Irmãs, Padres e Leigos da Consolata. Reunimo-nos com a intenção de refletir sobre a animação vocacional dos jovens do nosso continente.
A metodologia utilizada foi a facilitação de oficinas marcadas com a troca de experiências das inúmeras atividades que cada animador/a realiza em seus contextos particulares. De fato, foi uma oportunidade para refletir sobre os desafios que enfrentamos como animadores/as do continente, os desafios e as realidades dos vários tipos de jovens presentes em nosso continente; como também a posição dos documentos da Igreja sobre os jovens e muitos outros temas compartilhados no espírito da sinodalidade e do ecumenismo.
A partilha em grupo e as relações pessoais enriqueceram momentos de vivência e fraternidade que também nos aproximaram como filhos e filhas de Allamano. Havia um sentimento geral de sinodalidade, de caminhar juntos e querer crescer juntos. Ficou evidente que, para que esta comunhão entre os diversos países e entre nossos Institutos funcione é preciso deixar que o Espírito de Deus, tecedor de comunhão, alcance aqueles níveis íntimos de fraternidade que nós mesmos não podemos alcançar.
Tivemos também a oportunidade de ouvir os testemunhos dos nossos missionários Consolata nascidos na América na pessoa do Padre Ariel Tosoni que trabalha na Costa do Marfim, África e do Padre João Baptista que trabalha em Portugal. Suas vidas e entusiasmo pela missão nos fizeram experimentar a beleza de nosso Carisma e da Consagração ao Senhor. Também os jovens, da Juventude Missionária da Consolata, partilharam conosco a sua experiência e pediram-nos, como adultos, de acreditar neles, confiar neles e dar-lhes um espaço na Igreja.
Todos os dias celebrávamos os sagrados mistérios da nossa salvação de forma criativa e havia uma forte manifestação da riqueza intercultural expressa na Missa. Nos revezávamos para animar as celebrações de acordo com os países onde estamos, unindo a oferta do pão e do vinho com os sacrifícios e a vida de cada missionário e as realidades de nossa América.
É verdade que o mundo dos jovens nas Américas mudou e muitos deles estão em outros lugares que não a Igreja. Isso pode fazer o trabalho dos animadores lembrar os apóstolos que foram pescar à noite toda, mas não pegaram nada. O convite é navegar mais profundamente nas realidades dos jovens para que possamos evangelizá-los a partir de suas realidades locais. É hora de a Igreja na América continuar atendendo ao chamado das pessoas que nos pedem para ir ao encontro dos jovens.
No final do encontro que durou de 14 a 20 de fevereiro, sentimos como se já nos conhecíamos desde sempre; atribuímos isso à nossa Mãe Consolata que tem seu jeito de tecer fortes laços familiares entre seus amados filhos e filhas.
Podemos concluir dizendo que a nossa mãe Consolata nos fez de novo; fez-nos experimentar com ternura o seu amor por nós e uniu-nos ainda mais como Família. Finalizamos nosso encontro depositando em seu coração maternal todas as nossas aspirações e anseios pelo nosso amado Continente e os jovens. Que a Mãe nos envie santas vocações como sempre o fez.
Emma Awuor Ganda é Missionária da Consolata na Argentina