Estes encontros nos ajudaram não só refletir e partilhar o conteúdo da Campanha da Fraternidade, mas também promoveram a cultura do encontro
Por Carleta Gerard Longo
O núcleo da comunidade de Aparecida que pertence à paroquia de São Marcos, Jardim Peri,SP, compõe-se das comunidades: Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Consolata, São João Batista, São José e Santa Luzia. As comunidades fizeram uma experiência rica e significativa, pois durante o tempo de Quaresma se reuniram em pequenos grupos de famílias para refletir, rezar e partilhar sobre o tema da Campanha da fraternidade 2017 com o lema: Cultivar e Cuidar a criação. (Gn 2,15)
Os participantes perceberam o quanto Deus confiou no homem e na mulher, ao dar-lhes a Missão de serem guardiões e protetores da criação, sempre para o nosso bem-estar e para as futuras gerações. Tudo isso levou não exclusivamente ao encantamento da criação, mas também a ser grato e zelar por ela.
Enquanto estávamos refletindo os sete biomas brasileiros, uma senhora partilhou com muita simplicidade e ao mesmo tempo com profundidade em sua reflexão e disse:
“Quando eu me levanto, abro a janela e contemplo as minhas plantinhas e flores, sinto que Deus está sorrindo para mim através destas plantas e de toda a natureza”. Por isto é verdade que maravilhar-se pela criação é deslumbrar-se pelo próprio Criador.
Estes encontros nos ajudaram não só refletir e partilhar o conteúdo da Campanha da Fraternidade, mas também promoveram a cultura do encontro que é uma urgência neste tempo de mudança de época, em que as pessoas são mais voltadas para o individualismo. De fato, algumas pessoas diziam: “nós moramos perto umas das outras, mas não nos conhecíamos”.
Um dos desafios que foi notado quase em todos os grupos é a questão do lixo que ainda deixa a desejar nos nossos bairros e comunidades. Por isso cada pessoa dos grupos assumiu, como primeiro passo, o compromisso de fazer a sua parte; pois uma pessoa pode fazer a diferença na comunidade e na sociedade. Como dizia O Beato José Allamano, Fundador dos missionários e das missionárias da Consolata: “Não diga nunca não toca a mim” Neste sentido, a criação toca a mim sim, profundamente, pois a criação é a minha casa, é a nossa casa comum.
Sublinho que não poderia deixar de partilhar com os nossos interlocutores a repercussão que estes encontros de reflexão, oração e partilha, deixaram em nossos corações e no interior de cada um dos vários grupos.
Quero ainda deixar claro também a importância dos grupos de reflexão na comunidade para uma maior convivência dos valores Evangélicos e a oportunidade de nesta mesma missão: “maravilhar-se e zelar pela criação” dom recebido do nosso Criador.
