Missionárias no Brasil

“Ide pelo mundo e fazei discípulos meus todos os povos”. (Mt 28, 19)

Por Myriam Depiné *
Foto: Cleber Pires

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Em 2016, temos a intenção de apresentar neste espaço as comunidades das missionárias da Consolata no Brasil. Todas com a marca de Nossa Senhora e do Bem-aventurado padre José Allamano. Antes, porém, queremos falar um pouco de como as missionárias chegaram ao Brasil. A história das irmãs no país está ligada aos padres missionários, dado que pertencem a dois Institutos criados pelo mesmo Fundador e com o mesmo Carisma. Ambos tiveram início na Itália, em Turim. Foram fundados pelo Bem-aventurado José Allamano – o dos padres e irmãos em 1901, e o das irmãs em 1910. O objetivo principal é a ‘Obra Missionária da Igreja’ entre os não-cristãos e nas Igrejas particulares, em lugares de maior carência de evangelizadores. Em 1903, os primeiros quatro missionários da Consolata já partiam para o Quênia; e em 1913, as primeiras 15 missionárias também seguiram para o mesmo país, para um trabalho missionário em conjunto. Em 1926, um segundo país africano abria as portas para os missionários e as missionárias: a Abissínia, hoje Etiópia - na época, colônia italiana.

A Guerra Ítalo-etiópica

Mas, em 1942, a guerra interrompeu o florescente trabalho missionário. Como a Itália perdeu a guerra, os estrangeiros italianos, portanto, também os missionários e as missionárias foram expulsos do país.

A pedido de um bispo brasileiro em 1937, um grupo de padres e irmãos veio ao Brasil, sendo acolhido pelo padre João Batista Bísio, também missionário da Consolata italiano que os precedera e lhes preparara um lugar em São Manuel, interior do estado de São Paulo. Nesta cidade, os missionários da Consolata estão até hoje. Padre Bísio já havia visitado alguns lugares de Santa Catarina, entre eles Rio do Oeste. Foi justamente lá que o grupo dos missionários se estabeleceu. Devido à Primeira Guerra, as irmãs tiveram que esperar. Elas chegaram ao Brasil só nove anos mais tarde, em 1946; e também foram se estabelecer em Rio do Oeste. Eis o nome das sete irmãs do primeiro grupo: Lília Raffaelli, Giustiniana Perale, Teresina Garberoglio, Pier Clara Minoli, Theresia Brenna, Santina Comi e Maria Anna Angiono. Este foi o primeiro elo de uma corrente que nunca mais se rompeu, também porque uma das finalidades pelas quais as irmãs vieram para o Brasil era a formação de novas missionárias para o trabalho na África. (no próximo número – a viagem e chegada ao Brasil) ν

* Myriam Depiné, MC, é missionária em São Miguel Paulista, SP.
(CC BY 3.0 BR)
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