PADRE CAMISASSA, NOSSO COFUNDADOR

O ano de 2022 é para nós,  Missionárias e Missionários da Consolata, o ANO DO CAMISASSA!

Por Lourdes Bonapaz

O ano de 2022, a partir de 01 de janeiro, é para nós Missionárias e Missionários da Consolata, o ANO DO CAMISASSA!
Queremos dedicar um ano todo à grata memória deste homem que, além de amigo fraterno bem próximo do Fundador, foi seu colaborador FIEL, incansável e dedicado na fundação dos nossos dois Institutos Missionários.

Dia 18 de agosta marcará o centenário da morte de Pe. Tiago Camisassa, queremos juntos, aprofundar e redescobrir a figura deste grande homem de Deus! Ele que foi totalmente dedicado ao Reino, à Igreja, à Missão e aos nossos dois Institutos. Ele sempre se considerou, “segundo”, não aparecia muito mas agia, cultivando uma profunda e intensa amizade com aquele que ele considerava “pai”, o Bem-aventurado José Allamano, e foi-lhe fiel até que a morte o levou. “Estivemos juntos durante 42 anos, éramos um só”, afirma nosso Pai Allamano!

Transcrevo agora a carta-noticia que o Allamano enviou aos seus filhos e filhas missionários, anunciando a morte do querido amigo Conego Tiago Camisassa, nosso Cofundador. Nela, podemos entender o quanto um estava para o outro na vida, no trabalho e missão empreendida!

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Turim, 26 de agosto de 1922

Carissimos e caríssimas em N. /S. J. C..,
A minha mão treme, o meu coração incha e os meus olhos derramam lágrimas ao dirigir-vos esta breve carta. O nosso querido Vice-Reitor e Vice-Superior já não está entre nós e não o voltaremos a ver senão no Paraíso. Faleceu pacificamente na noite do dia 18 do corrente mês, com todos os confortos religiosos e os cuidados mais afetuosos. Que perda para o Santuário e mais ainda para o Instituto e para as Missões! Considerávamos necessária a sua existência e rezávamos à nossa Santíssima Consolata para prolongar a sua vida por mais algum tempo. Muitos, incluindo eu próprio, ofereceram as suas vidas para preservar a do nosso querido Camisassa.

A Santíssima Consolata achou por bem não atender as preces comuns. Ele estava maduro para o céu. Tinha completado a sua santa e laboriosa jornada e podia dizer com S. Paulo: “Terminei a corrida, guardei a fé. Agora só resta a coroa da justiça. Pronunciai comigo o fiat (o sim) à inescrutável vontade de Deus, e que ele seja aceito em sufrágio desta bela alma.

Nesta tristeza fomos consolados pelas provas de estima e afeto que toda a cidade de Turim lhe manifestou, a ele que, humilde, era desconhecido para muitos. O funeral foi um triunfo. Ele viveu para nós e para as nossas missões, e passou o seu último dia a pensar e a falar sobre o Instituto.

Rezai por ele e também por mim, uma pessoa muito desolada, que vos abençoo em nome da Santíssima Consolata.

Com muito afeto em J. C. Cón. J. ALLAMANO, Sup.”

Lourdes Bonapaz é Missionária da Consolata, S.P.