Abraçamos a mensagem do Papa Francisco para o dia Mundial da Missão e partimos para Dourados, MS.
Por Melania Lessa
Abraçamos a mensagem do Papa Francisco para o dia Mundial da Missão que este ano será celebrado em meio à realização do Sínodo dos Jovens, no dia 21 de outubro, 2018, “Juntamente com os jovens, levemos o Evangelho a todos” e partimos para Dourados, MS, em Missão.
Somos oito: Wilber Ricardo Melo Silva, Juliana Máximo, Thiago Roque, Joyce Máximo, Samuel Quintão, Raphaela Gomes, Jovens Missionários da Consolata, Antonieta M. Merlo, LMC, e ir. Melania Lessa, MC. Mas carregamos também as preces, bênçãos e doações da Comunidade Nossa Senhora Consolata e Paróquia Nossa Senhora das Graças.
Nosso destino é a Rodovia BR-156, Aldeia Jaguapiru e Bororó, mais exatamente, a casa das Irmãs Missionárias da Consolata, onde Ir. Aurora Cossu e Ir. Lisadelle Mantoet nos acolheram com as portas e corações escancarados.
O encontro, do dia 23 a 28/07/2018, foi marcado para viver com mais de 150 crianças, jovens e adolescentes das três etnias: Caiuás (Kaiowá), Guarani (Ñandeva) e os Terena presente na reserva de Dourados.
A Paz era o foco. A paz tecida com a acolhida recíproca, com as atividades recreativas e formativas e visitas que realizamos, com sorrisos e abraços trocados, com brincadeiras e gincanas organizadas, com a partilha de histórias de vida, com preces, músicas, danças, capoeira, corridas e com as refeições, lanches e pequenos presentes compartilhados. Ressonâncias? Difícil expressar! Mas eis algumas:
“Achava que ia ser muito complicado, devido à realidade injusta e sofrida em que eles vivem, do grande número de participantes e da diferença de idades. Surpreendi-me com a receptividade, os sorrisos fáceis, os abraços carinhosos, a participação em todas as atividades propostas,”.
“Nós somos corrompidos, marcados pela competição. Lindo observar que o foco deles é a participação, a brincadeira em si. Comovente a abertura aos processos novos, a prontidão em ajudar-se reciprocamente e até os grupos diferentes. Quanta ternura com os pequenos!”.
“Impressionei-me ao constatar o enorme espaço de liberdade que as Irmãs oferecem. O Centro é um lugar de acolhida de todos, sem proselitismo, sem critérios que excluem. Há espaço para a colaboração de todos... Quantos voluntários encontramos! Nós nos sentimos em casa”.
“O que fala alto no centro é o testemunho das Irmãs! As Irmãs são corajosas e alegres. Gostam do que fazem. Fazem porque amam. Sabem o nome e as histórias de vida das crianças, das mulheres, das famílias”.
“Bonito o testemunho da pequena comunidade católica, Capela Nossa Senhora de Guadalupe: consciente, comprometida, feliz. As crianças da catequese roubaram nosso coração”.
As Irmãs da Consolata presentes no “Centro” também fizeram questão de agradecer o grupo de missionários vindos de São Paulo: “Vocês entraram descalços nesta terra sagrada. Isto fez com que todos se aproximassem sem medo. Livres, dispostos, humildes, alegres, capazes de trocar os planos elaborados... arregaçaram as mangas e trabalharam mesmo. Deixaram-se amar pelos pobres e humildes”.
Sim, deixamos nossa programação já feita, assumimos a cor vermelha da poeira, passamos um dia sem o almoço, deixamos que a dor de nossos irmãos e irmãs se alojasse também em nosso coração... Impossível, porém, contabilizar a alegria que acaricia o nosso ser de discípulos missionários. É a alegria de evangelizar!