Celebração dos 25 anos de Consagração Religiosa de Irmã Eleuza Socorro.
Por Benildes Capelotto *
No dia 12 de outubro, na capela da Casa Regional das Irmãs Missionárias da Consolata em São Paulo, Irmã Eleuza Socorro do Carmo Ferreira celebrou 25 anos de sua Consagração a Deus e à Missão. Dois acontecimentos muito significativos acompanhavam esta celebração: a solene Festa de Nossa Senhora Aparecida, e a partida da missionária Eleuza para Tencua, Venezuela. Foi uma celebração litúrgica belíssima e comovente! No início, Irmã Eleuza entrou na capela trazendo uma lâmpada de barro com o lume aceso para significar a sua prontidão no serviço do Senhor.
Irmã Eleuza nasceu na pequena cidade de Auriverde, no interior de Goiás, no seio de uma família simples e de muita fé. O seu contato com as Missionárias da Consolata se deu ali mesmo na sua cidade natal onde as Irmãs participavam de uma Comunidade Missionária. Fez a sua primeira profissão religiosa em 28 de janeiro de 1996. Dali para frente dedicou-se a várias atividades missionárias até ser enviada à Missão de Tencua, entre os Povos originários Jecuana, no seio da Amazônia Venezuelana. A aldeia de Tencua fica a cinco dias de barco de Porto Ayacucho, a localidade mais próxima. Nessa Missão estão atualmente apenas duas irmãs Missionárias da Consolata que assumem com grande zelo e dedicação todo o processo de evangelização e de promoção humana em diversas áreas, mas, com uma ênfase muito grande na educação e formação de líderes locais para a Comunidade Eclesial que começa a se formar e a tomar corpo.
Um dos fatos que mais nos chama a atenção da corajosa e criativa atuação de Eleuza nesta missão de Tencua é a concretização de um projeto, iniciado por ela, da criação e funcionamento de uma Faculdade de Pedagogia voltada à formação de professores locais, da aldeia, para a Escola Primária e Secundária que nasceu da iniciativa das Irmãs. Este projeto exigiu de Irmã Eleuza as idas e vindas sem fim aos postos governamentais para conseguir a aprovação e apoio também financeiro do governo venezuelano. Porém, por mais incrível que possa parecer, esta faculdade está funcionando como qualquer outra deste mundo e com um número significativo de alunos da aldeia de Tencua e algumas outras vizinhas.
No painel instalado no refeitório da comunidade os dizeres “Semeadora do Reino” homenageava Irmã Eleuza, com uma mão espalhando sementes. Sim, Irmã Eleuza, você está semeando o Reino com seu amor e dedicação assim como nos diz a Escritura, outros colherão os frutos de seu suor e trabalho.