A Missão é sempre um dar e receber.
Por Missionárias da Consolata
EM CURURUPU (MA)
A semana Missionária Vocacional em preparação à celebração dos 25 anos de sacerdócio do Padre Olivaldo Lima, Missionário da Consolata, filho de Cururupu, teve duas marcas típicas da missão: alegria e partilha!
Iniciou no dia 25 de julho, com a equipe Missionária ainda incompleta e teve sua culminância no dia 30, com a Missa campal das 18 horas, em frente à Igreja Matriz São João Batista, na grande praça da cidade. Cururupu é uma cidade antiga (em 1816, começa o povoamento com a subjugação dos índios Tupinambás), muito verde, quente, mas beijada por brisas refrescantes do Oceano Atlântico que estende seus braços generosos e cheios de saborosos petiscos! O povo, alegre e hospitaleiro, não somente nos acolheu, mas também, se colocou à disposição da Missão, vivendo intensamente este tempo de graça.
O pároco, Pe. Donald Tavares Ferreira nos acolheu como um verdadeiro Discípulo Missionário. Sempre presente, fez o impossível para favorecer nossa missão.
Participaram, naturalmente o festejado, Pe. Olivaldo Lima, Pe. Robério Crisóstomo, Pe. Luís Emer, Pe. John Kapulle e o Seminarista Dr. Renato, todos Missionários da Consolata e as Missionárias da Consolata Ir. Carleta Longo, Ir. Elvira Pessin, Ir. Melania Lessa e Ir. Pasquita da Região Amazônica.
O nosso dia começava cedo, com um momento de oração partilhada com a comunidade local, da sede ou rural, seguido de café comunitário. Depois, em pequenas equipes, sempre acompanhados pelas lideranças das comunidades, jovens e crianças, visita aos doentes e bênção das famílias. Após o almoço, também partilhado e comunitário, visita a outra comunidade. À noite, Missa festiva, com a participação das duas comunidades visitadas. Quanta criatividade e generosidade tanto nas refeições como nas celebrações! Músicas festivas, todos sorrindo e dialogando como se fôssemos velhos amigos e amigas... Como esquecer os sucos com as frutas típicas: cupuaçu, bacuri, acerola, graviola... Os diferentes tipos de peixes, abundância de camarão, caranguejo, sem nunca faltar o assai, conhecido como Jussara, com farinha?
Significativo o encontro com os cerca de 30 jovens na sexta feira de manhã. O tema foi vocacional, mas o timbre missionário o marcou. Outros momentos expressivos foram a visita e Missa na Santa Casa e na Delegacia que abriga cerca de 80 internos. Lugares onde a Consolação se torna quase palpável porque a dor também o é.
Quantas pessoas se dispuseram a preparar a Missa jubilar: celebração litúrgica, cantos, ambientação, confraternização, apresentação cultural! Grande o número de participantes, muitos dos quais lembravam com saudades da Missa de Ordenação Sacerdotal, no mesmo local, vinte e cinco anos antes.
Dom Élio Rama, Missionário da Consolata, Bispo da Diocese de Pinheiros, da qual a Paróquia São João Batista de Cururupu faz parte, marcou sua presença na preparação da Semana Missionária e também na Missa jubilar. Somos-lhe gratos por tudo!
O povo de Cururupu roubou nosso coração de missionários e missionárias! Como discípulos missionários que são, com certeza, avançarão rumo aos novos horizontes que vislumbraram durante esta semana. E nós, marcados pelo ardor e entusiasmo destes irmãos e irmãs tão queridos, continuaremos experimentando a alegria de evangelizar!
Ir. Melania Lessa MC
Missão em Cururupu
A Missão consiste sempre, no dar e receber, como o Evangelista Mateus nos diz: “de graça recebestes, de graça também dai” (Mt. 8,10). Isso foi o que nós experimentamos na Semana Missionária-Vocacional em Cururupu.
De nossa parte não medimos esforços para partilhar, caminhar, celebrar e servir. E por outro lado, vou só mencionar alguma coisa do quanto nós recebemos do povo cururupuense em acolhida, alimentação, espírito de partilha e amor à missão.
Gostaria de registrar aqui alguns fatos inesquecíveis que me marcaram muito. Um dia na visita da comunidade de Monte Alegre, começamos com cinco pessoas, mas quando chegamos à última casa éramos mais de quinze pessoas e a maioria era crianças e adolescentes. Não tem explicação: a Missão contagia e chama mais um e mais um e assim vai...!
Outro fato aconteceu enquanto estávamos visitando a comunidade do centro de Cururupu. Eu estava acompanhada por três senhoras. Todas nós choramos emocionadas ao ver os idosos que estavam sozinhos em casa. Nadja uma das senhoras que é professora aposentada, com lágrimas no rosto me disse decididamente,“ Eu vou fazer o curso de cuidadora de idosos e assim vou ajudá-los. Eu não me conformo com esta realidade,quero fazer a minha parte”.
A nossa missão não é tanto, o quanto nós fazemos, mas o quanto a nossa presença despertou e deixou no coração de cada pessoa que nós encontramos. É bonito lembrar de suas partilhas simples, mas profundas, que são gritos à Missão.
No dia da nossa chegada e também na partida o pároco Pe. Donald Ferreira nos disse: aqui as portas, as janelas e braços estão abertos para receber vocês, sempre que desejarem voltar; aqui não existe um território de alguém, pois a missão é todos nós. É o desafio que fica para nós missionários e missionárias, alguém está nos aguardando... Vamos levantar as tendas?
“Missionári@ é aquela que tem coração para amar, mão para ajudar e boca para anunciar a palavra de Deus”. (Beata Irene Stefani)
Ir. Carleta Longo MC
Experiência forte junto ao povo de Cururupu
Fui para a Missão pensando de anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus aos nossos irmãos e irmãs. Mas que surpresa agradável! Em todos os momentos do nosso caminhar junto com a equipe da Comunidade Santa Maria fui vivenciando as partilhas de cada pessoa. Desde o inicio, percebi a vivência do amor, da festa, da gratuidade, do entusiasmo, da ternura, da partilhada, da alegria de viver aquele momento tão intenso, junto a todas as 
Famílias às quais fomos visitando, abençoando e levando muita Esperança, principalmente aos doentes e idosos.
Tentei olhar com os olhos de Deus as pessoas que Ele criou com tanto amor e hoje sofrem silenciosamente, as dores do corpo que está definhando (idosos,doentes). Percebi o quanto este povo tem sede de viver com intensidade o dom da vida; sede de experimentar Deus e continuar buscando-0; sede de preencher o vazio do coração.
São pessoas livres e “saboreiam” em cada passo e em cada momento a alegria de viver, realmente felizes. O Evangelho é para eles fonte de Vida. E isto vai formando o seu estilo de viver. Pessoas simples e humildes, mas irradiam a luz de Deus, o amor no compromisso com a vida da comunidade. Por isso podemos dizer: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mt. 5,1-12) .
Lembrei-me muitas vezes das palavras do nosso querido Pai Allamano: A vida missionária é essencialmente comunicação e relação. A Missão é encontro e partilha: ENCARNAÇÃO.
Isto tudo aconteceu com nossa equipe: Padres e Irmãs Missionários da Consolata junto com o Pároco Padre Donald e com todo o povo maravilhoso da cidade de Cururupu. Lá é um terreno fértil uma sementeira de vocações. Que o Espírito Santo ilumine a todos com seus dons.
Se você jovem está inquieto na busca de um sentido para sua vida... já pensou em ser Missionário ou Missionária da Consolata? Não tenha medo de ser feliz!
Sinto-me agradecida a Deus, a Mãe Consolata e a minha comunidade por ter feito esta experiência nova do Amor de Deus junto ao povo de Cururupu.
