CELEBRAR O JUBILEU

Celebrar o Jubileu de ouro da turma finalista de 1968 do Ginásio Euclides da Cunha-GEC, foi um acontecimento extraordinário em minha vida.

Por Janete Vieira de Paiva

Celebrar o Jubileu de ouro da turma finalista de 1968 do Ginásio Euclides da Cunha-GEC, foi um acontecimento extraordinário em minha vida, porque celebramos a amizade que perduram 50 anos na distância física, mas de profunda fidelidade ao relacionamento com colegas desde a adolescência.

DSC_0128Fazer memória destes 50 anos é ir ao profundo do ser e fazer explodir do coração as lembranças e trazer ao presente com gratidão a Deus e às pessoas que deixaram marcas indeléveis do ideal missionário vivido e transmitido com alegria, arte, audácia e paixão.

É assim que gosto de lembrar-me dos missionários e missionárias: padres, irmãs e irmãos vindos da Itália, ainda muito jovens, que chegaram a Boa Vista- Roraima- e acolheram o povo, sua cultura e se dedicaram incansavelmente na educação e formação das crianças e jovens  do Colégio São José e Ginásio Euclides da Cunha-GEC. Como dizia um grande escritor: “Se queres cultivar para um ano, planta um arrozal; se queres cultivar para cem anos, planta uma árvore; se queres cultivar para a eternidade, educa uma criança”. Assim fizeram os filhos e filhas do Allamano e continuam fazendo.

Aquele foi um período de profunda transmissão de valores cristãos e de conhecimentos acadêmicos, catequéticos, de grupos juvenis, onde nos despertávamos para os valores culturais através da música, corais de vozes, teatros e compromissos sociais para com os mais esquecidos e excluídos da sociedade.

DSC_0517Hoje ao encontrarmo-nos como grupo dos formandos de 1968, recordamos com profundo reconhecimento, quanto nos ensinaram os Missionários com seu testemunho, o que foi fundamental para que nos tornássemos as pessoas que somos hoje: missionários, médicos, advogados, engenheiros, funcionários públicos e empresários, todos agradecidos confirmamos com gratidão: devemos a eles e a elas, Missionários da Consolata, uma parcela grande do nosso sucesso.

Assim, nesse encontro de Celebração, comemorações, cantos, danças e partilhas, numa magia de risos e memórias das ‘peraltices’ de adolescentes, agradecemos a Deus Pai pelo grande dom de seu Filho Jesus Cristo e pelos “Missionários e Missionárias” da Consolata identificados com Ele, o missionário do Pai.

Hoje, somos cidadãos e cidadãs competentes, profissionais e trabalhadores honrados, pais e mães de família conscientes de sua missão e mais uma vez, damos graças a eles.

Eu, irmã Janete de Paiva, Missionária da Consolata, filha deste povo neste pedaço de chão brasileiro muito me orgulho do que carrego na bagagem, deixados pelos missionários e missionárias, desde a minha infância.

Há 33 anos sou missionária em Moçambique, África e procuro lembrar com carinho, o zelo e entusiasmo dos Missionários e a Fé profunda que recebi dos meus pais.

Que a mãe Consolata e o pai Allamano continuem a abençoar-me em minha missão para que eu também deixe marcas de consolação e ternura nas pessoas a quem fui chamada servir.

Janete Vieira de Paiva, MC em Moçambique.