Eu ainda estava no ventre materno, e Jave me chamou
Yvonne Pereira da Silva
“Eu ainda estava no ventre materno, e Jave me chamou; eu ainda estava nas estranhas de minha mãe, Ele pronunciou meu nome”, (Isaias 49,1)
Me chamo Yvonne Pereira da Silva, tenho 29 anos, natural de Boa Vista- RR, sou indígena da etnia Wapixana da Guiana Inglesa de fronteira com Brasil.
Por muito tempo apenas ouvia as experiências das Irmãs Missionaria da Consolata, via a alegria de cada irmã ao contar sobre a Missão “ad gentes”, a delicadeza de cada uma delas com as pessoas, a preocupação com os valores culturais, com as tradições, o estar sempre prontas para ajudar quem necessitava. Isso me motivo a querer conhecer mais ainda o Instituto, foi como uma chama que acendeu no meu coração, a querer também eu dizer o meu sim ao chamado de DEUS, de levar a palavra de DEUS lá aonde ninguém quer ir. Sentir que estava já na hora de responder ao chamado de Deus como bem dizia o Bem-Aventurado José Allamano: “DEUS ME CHAMA HOJE, NÃO SEI SE ME CHAMARÁ AMANHÔ.
Durante esses meses de Orientamento Vocacional, que fiz na comunidade Consolação e Esperança em Manaus- AM foi um tempo que me apaixonei ainda mais pelo Carisma “ad gentes” dentro do Instituto das Irmãs Missionarias da Consolata. Mesmo vindo de uma cultura indígena não me impediu de responde o chamado de DEUS na minha vida. Aliás, percebi que as irmãs valorizam muito as nossas culturas pois a diversidade cultural é uma riqueza muito grande na Vida religiosa e Missão. Durante esse ano de formação, as Irmãs da comunidade me ajudaram a crescer em todos os sentidos. Foi um tempo que me senti enriquecida conhecendo também outras culturas, conhecendo mais o Carisma, a espiritualidade e a vivência comunitária. Senti a presença de Jesus Cristo em todos e tudo que desperta à sensibilidade de somar forças na Missão “ad gentes” e estar junto dos que mais precisam.
Hoje, vivendo a experiência junto ao povo de Manaus-AM, sinto que os desafios missionários são como temperos que dão sabor à vida missionária e que me ajudou a crescer. Senti isso na convivência junto ao povo, nas áreas missionárias de São Francisco das Chagas e São Pedro Apostolo; nas visitas às famílias, no encontro de catequese, Infância e Adolescência Missionárias (IAM) e com os jovens.
Percebi também que as pessoas são simples e posso confirmar com elas, pois vivi verdadeiramente a alegria do Evangelho a cada dia, ao se doar no ajudar o próximo nas comunidades e no caminhar juntos. Foi uma experiência extraordinária!
Agora, escuto Jesus que me diz: “avance para águas mais profundas, e lance as redes” LC 5,4. E assim com o coração cheio de alegria, irei continuar minha formação, na Comunidade Formativa em Mendoza, Argentina; com certeza que Jesus vai continuar me acompanhando com sua presença e a nossa Mãe Consolata também.
Você jovem que está lendo essa matéria, já pensou em ser missionária da Consolata, respondendo ao chamado de Deus para a missão sem fronteira e viver também você uma experiência extraordinária? Vem, nosso coração está aberto e as portas também......
