A irmã dedicou-se em prol da saúde do povo , com atenção especial aos povos indígenas
Por Lourdes Bonapaz
Ir. Auristela Stinghen nasceu no dia 14 de dezembro de 1939 na cidade de Pouso Redondo, SC – Brasil e faleceu dia 31/08/21 no Hospital de Boa Vista, Roraima, Brasil com 82 anos de idade e 60 de Profissão Religiosa.
Ela ingressou no Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata em 1952, Rio do Oeste, Brasil. Após o período de formação fez seus primeiros Votos em 1961, São Paulo, Brasil. Dedicou-se servindo em nossas comunidades e como estudante de enfermagem por vários anos, em São Paulo.
No dia 01 de junho de 1969, Irmã Auristela recebeu sua destinação Missionária para Roraima, região amazônica. Nessa terra, a irmã dedicou-se em prol da saúde do povo roraimense, com atenção especial aos povos indígenas. Contribuiu muito na Saúde curativa, mas também na preventiva, bem como na formação dos Agentes indígenas de saúde. Foi uma das Irmãs fundadora da primeira comunidade fixa na missão Catrimani, entre os povos Yanomami, sendo ela mesma responsável pelo Posto de saúde local.
Em 1975 retorna a São Paulo onde amplia seus conhecimentos na área da saúde, sempre focada em melhor servir.
Desde junho de 1994 quando retornou a Roraima, pela segunda vez, Irmã Auristela Stinghen dedicou-se como enfermeira, de corpo e alma, na casa de Apoio do Índio (CASAI), por muitos anos. Sempre alegre, competente e dedicada ao trabalho missionário que norteou sua jornada terrena; ela tinha uma atenção especial para cada pessoa na sua complexidade humana. Via no doente não só a dor física e sua indigência material, mas o coração aflito que pede conforto.
Ela foi também responsável por várias unidades de saúde Básica (USB) exercendo seu cargo profissional de enfermeira com competência e amor. Nossa Irmãs não mediu esforços para salvar VIDAS, “ela acreditou na Ressurreição e gastou sua vida Religiosa Missionária no cuidado da vida do povo, como pão partido e repartido para que todos tivessem mais vida. Ela é recebida agora no Reino da Vida Eterna”, Pe. J. Patias IMC.
Ultimamente, com mais idade e sua saúde cada vez mais debilitada, diminuiu suas atividades, mesmo assim ela continuou presente na Casa do Índio, dando apoio e o melhor de si mesma até o fim.
Irmã Auristela foi também uma amante do nosso Pai Allamano, agora que está no céu junto a ele, peçamos que interceda pela causa de sua canonização em progresso. Ela que muito ajudou no processo diocesano sobre o suposto milagre a um índio yanomami, interceda ao Senhor pela sua causa.
Querida irmã, interceda também por todas nós que aqui ficamos edificadas pela sua responsabilidade e dedicação no serviço missionário e na comunidade. Possamos também nós um dia, alcançarmos a tão sonhada santidade de que sempre falou nosso Fundador: “antes santas, depois missionárias”. Deus nos abençoe...
