SANTA MARIA GORETTI

No dia 24 de junho de 1950, deu-se a canonização desta simples menina camponesa, morta com apenas 12 anos de idade

Por Lourdes Bonapaz

No dia 24 de junho de 1950, deu-se a canonização desta simples menina camponesa, morta com apenas 12 anos de idade: Maria Goretti.
Maria Goretti nasceu em Corinaldo, centro da Itália, aos 16 de outubro de 1890. Seus pais, Luís Goretti e Assunta Carlini educaram seus filhos em meio a graves dificuldades econômicas. Em maio de 1900 faleceu o pai de Maria Goretti. A mãe então trabalhava à meia com a família Sereneli, num grande latifúndio.

maxresdefaultEm 1902, Maria tinha 12 anos, mas bem crescida e desenvolvida fisicamente. O filho mais velho de Sereneli, que vivia na mesma casa com a Mãe Assunta, começou a cobiçar Maria e queria seduzi-la ao pecado. Apesar de sua inocência, ela compreendeu as intenções perversas de Alexandre Sereneli. Duas vezes tento agredi-la, mas ela conseguiu escapar, protestando: “Não, o que tu pretendes fazer é pecado”! Maria, que pela situação de pobreza não tivera condições de aprender a ler e escrever, recebera, no entanto, da santa mãe o que é mais importante na vida: a educação cristã com o santo temor de Deus.

Aos 05 de julho de 1902, o jovem Alexandre voltou ao seu intento, aproveitando a ocasião em que a menina estava sozinha em casa; mas esbarrou na resistência pertinaz que vem da fé e da presença do Espírito Santo nas almas puras. Descarregou, então sua vingança, vibrando cerca de 14 facadas contra aquele corpo inocente. Maria chamou: “Mamãe, mamãe, estou morrendo”! Acudiram logo umas pessoas, e a própria mãe perguntou: “Maria, minha filha, que aconteceu? Quem foi”? ... Foi Alexandre, respondeu a menina ele queria fazer coisas más e eu não quis, não deixei”.
A vítima foi levada às pressas para o hospital e sobreviveu ainda 24 horas.
No hospital recebeu o viático, e a mãe perguntou: “minha filha, você perdoa de todo coração a Alexandre”? “Sim, perdoo... La no céu, rogarei para que ele se arrependa. Mais ainda: quero que ele esteja junto comigo na glória eterna”.

O rapaz foi condenado a 30 anos de prisão, dos quais cumpriu 27. Depois dos primeiros anos de revolta, ele sentiu em si uma transformação que ele atribuiu às orações de Maria Goretti, no céu.
Quando foi solto, no Natal de 1928, dirigiu-se logo à casa da mãe Assunta para pedir-lhe perdão. A cena foi tocante: “Lembra-se de mim, dona Assunta”, perguntou Alexandre. “Sim, eu me lembro”. “Perdoa-me”? Se Deus e minha filha te perdoaram, como eu poderia não te perdoar”? Era a noite de Natal, juntos comungaram à meia-noite. Na festa da canonização, na praça de São Pedro, estavam outra vez juntos: ela mergulhada em lágrimas de consolação, e ele, em lágrimas de arrependimento e conversão. Esta é a história desta santa, e que seja de exemplo e inspiração para muitos e muitas jovens de hoje.

Cf o livro “O Santo do dia” Dom Servilio Conti, I.M.C.